Dadocracia – Episódio 32 – Militares e dados pessoais no anos 70

Publicado em outubro 22, 2020

O RENAPE, Registro Nacional de Pessoais Naturais, é um capítulo pouco conhecido da ditadura militar na década de 70. Uma tentativa de criar um banco de dados unificado com informações […]

O RENAPE, Registro Nacional de Pessoais Naturais, é um capítulo pouco conhecido da ditadura militar na década de 70. Uma tentativa de criar um banco de dados unificado com informações de todos os brasileiros, o Renape não saiu do papel frente à resistência de uma comunidade de informática que se preocupava com as consequências disso nas mãos de um governo autoritário.

Mas num contexto onde os militares voltam a ocupar a maior parte dos postos-chaves no poder executivo, o Dadocracia convidou o historiador Marcelo Vianna para contar a história do Renape e o que ele significou nos anos 70. Quem sabe olhando para o passado, a gente entende o que pode vir por aí no futuro.

O Marcelo Vianna escreveu bastante sobre questões relacionadas ao campo da informática no Brasil durante a ditadura militar. Entre esses textos está o artigo “Um novo “1984”? O projeto RENAPE e as discussões tecnopolíticas no campo da informática brasileira durante os governos militares na década de 1970”.

Nesse episódio, também conversamos com o professor aposentado da UFRJ Ivan da Costa Marques que escreveu sobre o política da informática do Brasil nos anos 70 e 80. Para saber mais, veja o artigo do professor Ivan chamado “Minicomputadores brasileiros nos anos 1970: uma reserva de mercado democrática em meio ao autoritarismo”.

Veja aqui o levantamento feito pelo Data Privacy Brasil sobre a composição de órgãos responsáveis pela regulamentação do uso de dados nas vinte economias mais fortes do mundo. E aqui a reportagem da Folha de São Paulo que cita a pesquisa.

O áudio com a discussão entre os senadores Auro Moura Andrade e Tancredo Neves na madrugada em que se anunciou que João Goulart não era mais presidente do Brasil veio do site Arquivos da Ditadura.

Nós utilizamos um trecho da fala do Coronel Arthur Pereira Sabbat num webinar da Frente Empresarial em Defesa da LGPD e da Segurança Jurídica.

A trilha sonora deste episódio foram as músicas do Tom Zé Dor e dor, A noite do meu bem, e Menina Jesus.

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