Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa apresenta nova diretoria e Conselho Consultivo
A Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa, organização sem fins lucrativos sediada em São Paulo, apresentou a nova composição de sua Diretoria e a formação de um Conselho Consultivo, responsável […]
A Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa, organização sem fins lucrativos sediada em São Paulo, apresentou a nova composição de sua Diretoria e a formação de um Conselho Consultivo, responsável pelo aconselhamento estratégico da instituição.
Renato Leite Monteiro, fundador da instituição junto com Bruno Bioni, deixou a Vice Presidência da ONG, tornando-se Conselheiro. Em seu lugar, assumiu Rafael Zanatta, que desde outubro de 2019 ocupava a posição de Coordenador de Pesquisa do Data Privacy Brasil. A partir deste mês, Bioni e Zanatta dividem as funções de Diretoria Executiva da associação.
O Conselho Consultivo foi constituído em julho e realizou nesta última quinta-feira sua primeira reunião semestral. Formado por representantes de centros de pesquisas universitários, empresas e entidades civis, os Conselheiros terão papel de discussão dos projetos de pesquisa, aconselhamento ético, direcionamento estratégico das atividades da ONG e opinião sobre casos de difícil resolução que estiverem sob análise do Comitê Anti-Discriminação e Anti-Assédio da organização.
O Conselho é multissetorial, com maioria de representantes da sociedade civil. Há quatro conselheiras mulheres e três homens. Compõem o Conselho Consultivo da Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa para o biênio 2020-2022:
Conselheiros da Academia
Fernanda Bruno, UFRJ
Virgílio Almeida, UFMG/Harvard
Conselheiros do Setor Empresarial
Renato Leite Monteiro, Twitter Brasil
Marília Monteiro, Nubank
Conselheiros da Sociedade Civil
Cecília Olliveira, Fogo Cruzado/The Intercept Brasil
Fernanda Campagnucci, Open Knowledge Brasil
Carlos Alberto Afonso, Nupef
Na visão do conselheiro Virgílio Almeida, faculty associate do Berkman Klein Center da Universidade de Harvard, a formatação do conselho e a criação da organização é benéfica para a construção de uma cultura de proteção de dados no país.
“Tenho buscado ampliar a multidisciplinaridade das discussões sobre o mundo digital, porque é uma questão que permeia várias áreas, e não ter só o Direito como o caminho para resolver esta questão e essa mistura que constitui esse Conselho é necessária”, disse o professor na reunião inaugural.
Para a conselheira Cecília Olliveira, criadora do Fogo Cruzado e jornalista do The Intercept Brasil, a proposta de um Conselho formado por sociólogos, cientistas da computação e jornalistas é crucial.
“A ideia de romper barreiras é essencial pelo tema ser muito técnico e, ao mesmo tempo, por todos já estarem imersos tecnologicamente, muitas pessoas não enxergam o problema do uso de dados pessoais”, disse Olliveira.
A conselheira Fernanda Campagnucci, diretora executiva da Open Knowledge Brasil, ressaltou que a associação já nasce de um forma sólida e contribuindo para a construção de boas práticas que “devem inclusive ser partilhadas com os pares”. Para Marília Monteiro, diretora de políticas públicas da Nubank, “não são todas as instituições que possuem esse tipo de mecanismo de governança”, sendo crucial “garantir aos membros da ONG que há um sistema institucional e que eles serão ouvidos, tanto para avaliação de financiamentos de projetos, como, e especialmente, nos casos de abusos”.
Sobre a ONG Data Privacy Brasil
A Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa é uma organização sem fins lucrativos dedicada à produção de pesquisa e incidência em temas de intersecção entre tecnologia, uso de dados e direitos fundamentais. A partir de uma Política de Financiamento Ético, a associação desenvolve pesquisa com capacidade de incidência em agentes decisórios e fortalecimento de uma cultura de proteção de dados pessoais no Brasil. Entre os projetos atualmente em desenvolvimento, estão o Observatório da Privacidade e Proteção de Dados, que apresenta a Memória da Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais e Boletins Semanais sobre casos relevantes, o projeto Os Dados e o Vírus, que investiga o impacto da Covid-19 em políticas públicas baseadas no uso de dados pessoais, o projeto Defensorias Públicas e LGPD, que promove diálogo e capacitação com defensores públicos, e o projeto Novas Fronteiras dos Direitos Digitais, que busca incidir nas discussões regulatórias sobre utilização de novas tecnologias da informação em segurança pública e investigações criminais, bem como os efeitos discriminatórios de tecnologias como reconhecimento facial.
Para mais informações sobre o Observatório, visite http://35.227.175.13. Para mais informações sobre a Associação Data Privacy Brasil de Pesquisa, bem como acesso à Política de Financiamento Ético, visite https://dataprivacybr.org.
Contato para imprensa
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